Um dos problemas mais comuns nas atividades off shore é o enjoo (mal de mer) ou mareio embarcado.
O enjoo não ocorre exclusivamente na navegação, é muito comum trabalhadores enjoarem no trajeto de helicóptero até a embarcação ou até mesmo no procedimento rebocador embarque/desembarque. Uma hipótese da fisiopatologia do mal de mer é, que essa decorre da incapacidade do cérebro de integrar informações conflitantes vindas da orelha interna, dos olhos e de outros sensores referentes à posição espalhados pelo corpo (propriopercepção).
Isso pode ocorrer, navegando, andando de automóvel ou mesmo em brinquedos de parques de diversão ou atividades de lazer. Vale salientar que, o enjoo em terra ou o mal do desembarque é observado após uma navegação ou mesmo após viagens longas.
Felizmente o mareio acaba sendo tolerado. Acredita-se que, após três dias de estímulo continuado, haja uma adaptação no sistema nervoso central (inclusive para mergulhadores). Fatores como o cansaço, o fumo, os excessos alimentares e o uso de bebidas alcoólicas, além do medo, da ansiedade e de outros estados psicológicos, aumentam a possibilidade de ocorrência do enjoo.
Além disso, devem-se reduzir os movimentos da cabeça e dos olhos. A melhor maneira de se fazer isso é evitar olhar objetos em movimento e olhar para o horizonte, preferencialmente focando objetos estacionários.
sábado, 21 de novembro de 2015
sábado, 14 de novembro de 2015
POR UM FIO - SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR ELÉTRICO 2º PARTE
PROTEÇÃO CONTRA CHOQUES ELÉTRICO
Cita Eduardo Daniel em Qualidades nas instalações BT, o princípio fundamental associado às medidas de proteção contra choques especificados na norma ABNT NBR 5410:2004 pode ser descrito como:
• Partes vivas perigosas não devem ser acessíveis; e
• Massas ou partes condutivas acessíveis não devem oferecer perigo, seja em condições normais, seja, em particular, em caso de alguma falha que as tornem acidentalmente vivas.
Deste modo, a proteção contra choques elétricos compreende, em caráter geral, dois tipos de proteção:
• Proteção básica
• Proteção supletiva
Os conceitos e princípios da proteção contra choques elétricos adotados são aqueles já definidos na norma IEC 61140. Os conceitos de "proteção básica" e de "proteção supletiva" correspondem, respectivamente, aos conceitos de "proteção contra contatos diretos" e de "proteção contra contatos indiretos". São exemplos de proteção básica:
• Isolação básica ou separação básica;
• Uso de barreira ou invólucro;
• Limitação da tensão.
Exemplos de proteção supletiva podem ser:
• Equipotencialização e seccionamento automático da alimentação;
• Isolação suplementar;
• Separação elétrica.
A regra geral da proteção contra choques elétricos, afirma Eduardo Daniel é, que o princípio enunciado acima seja assegurado, no mínimo, pelo conjunto de proteção básica e de proteção supletiva, mediante combinação de meios independentes ou mediante aplicação de uma medida capaz de prover ambas as proteções, simultaneamente.
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO DE SEGURANÇA
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA – EPC
No desenvolvimento de serviços em instalações elétricas e em suas proximidades devem ser previstos e adotados equipamentos de proteção coletiva.
Equipamento de Proteção Coletiva – EPC é todo dispositivo, sistema, ou meio, fixo ou móvel de abrangência coletiva, destinado a preservar a integridade física e a saúde dos trabalhadores usuários e terceiro
CONE DE SINALIZAÇÃO - Sinalização de áreas de trabalho e obras em vias públicas ou rodovias e orientação de trânsito de veículos e de pedestres, podendo ser utilizado em conjunto com a fita zebrada, sinalizador STROBO, bandeirola, etc. Vale salientar que ABNT publicou, em 13.01.2015, a norma ABNT NBR 15071:2015 – Segurança no tráfego – Cones para sinalização viária, que revisa a norma ABNT NBR 15071:2004 Versão Corrigida:2005; e cancela a norma ABNT NBR 15071:2004 Errata 1:2005.
FITA DE SINALIZAÇÃO - Utilizada quando da delimitação e isolamento de áreas de trabalho. A NBR 7195 fixa as cores que devem ser usadas para prevenção de acidentes, empregadas para identificar e advertir contra riscos. A indicação dos riscos por meio de cores não dispensa o emprego de outras formas de prevenção de acidentes.
GRADE METÁLICA DOBRÁVEL - Isolamento e sinalização de áreas de trabalho, poços de inspeção, entrada de galerias subterrâneas e situações semelhantes. Existem vários tipos e formas: A grade metálica Articulada composto por 6 módulos articulados; a Placa de sinalização de advertência – Tipo Grade. Placa com grade articulável, dobrável e modular, para uso em sinalização de obras e serviços e a Placa de sinalização tipo barreira pantográfica, com faixas refletivo, destinado à sinalização viária e bloqueio de tráfego.
CONE COM SINALIZADOR STROBO - Identificação de serviços, obras, acidentes e atendimentos em ruas e rodovias. Esse sinalizador é muito útil para visualização noturna, já que funciona como um tipo de lâmpada, proporcionando que, mesmo a longas distâncias, possam ser vistos. Vale ressaltar que O cone de segurança pode ser encontrado no mercado com diversas características e elas devem ser analisadas e escolhidas com base na utilização.
BANQUETA E ANDAIME ISOLANTE - Isolar o operador do solo durante operação do equipamento guindauto, em regime de linha energizada. A Banqueta Isolante é um equipamento útil ao eletricista, para o seu isolamento do potencial de terra, amplia a área de trabalho do eletricista e a sua segurança nas intervenções em subestações, cubículos, painéis elétrico.
MANTA ISOLANTE E COBERTURA ISOLANTE - Isolar as partes energizadas da rede durante a execução de tarefas.
continua...
http://www.eletrobrasrondonia.com/Manuais%20e%20Legislacao/DO-OP-01-P-035%20TrabalhosEmAltura.pdf
http://www.brasilescola.com/fisica/campo-eletrico.htm
Manual NR 10 /CPN SP.
Normas Regulamentadoras Atualizadas/2015
Cita Eduardo Daniel em Qualidades nas instalações BT, o princípio fundamental associado às medidas de proteção contra choques especificados na norma ABNT NBR 5410:2004 pode ser descrito como:
• Partes vivas perigosas não devem ser acessíveis; e
• Massas ou partes condutivas acessíveis não devem oferecer perigo, seja em condições normais, seja, em particular, em caso de alguma falha que as tornem acidentalmente vivas.
Deste modo, a proteção contra choques elétricos compreende, em caráter geral, dois tipos de proteção:
• Proteção básica
• Proteção supletiva
Os conceitos e princípios da proteção contra choques elétricos adotados são aqueles já definidos na norma IEC 61140. Os conceitos de "proteção básica" e de "proteção supletiva" correspondem, respectivamente, aos conceitos de "proteção contra contatos diretos" e de "proteção contra contatos indiretos". São exemplos de proteção básica:
• Isolação básica ou separação básica;
• Uso de barreira ou invólucro;
• Limitação da tensão.
Exemplos de proteção supletiva podem ser:
• Equipotencialização e seccionamento automático da alimentação;
• Isolação suplementar;
• Separação elétrica.
A regra geral da proteção contra choques elétricos, afirma Eduardo Daniel é, que o princípio enunciado acima seja assegurado, no mínimo, pelo conjunto de proteção básica e de proteção supletiva, mediante combinação de meios independentes ou mediante aplicação de uma medida capaz de prover ambas as proteções, simultaneamente.
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO DE SEGURANÇA
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA – EPC
No desenvolvimento de serviços em instalações elétricas e em suas proximidades devem ser previstos e adotados equipamentos de proteção coletiva.
Equipamento de Proteção Coletiva – EPC é todo dispositivo, sistema, ou meio, fixo ou móvel de abrangência coletiva, destinado a preservar a integridade física e a saúde dos trabalhadores usuários e terceiro
CONE DE SINALIZAÇÃO - Sinalização de áreas de trabalho e obras em vias públicas ou rodovias e orientação de trânsito de veículos e de pedestres, podendo ser utilizado em conjunto com a fita zebrada, sinalizador STROBO, bandeirola, etc. Vale salientar que ABNT publicou, em 13.01.2015, a norma ABNT NBR 15071:2015 – Segurança no tráfego – Cones para sinalização viária, que revisa a norma ABNT NBR 15071:2004 Versão Corrigida:2005; e cancela a norma ABNT NBR 15071:2004 Errata 1:2005.
FITA DE SINALIZAÇÃO - Utilizada quando da delimitação e isolamento de áreas de trabalho. A NBR 7195 fixa as cores que devem ser usadas para prevenção de acidentes, empregadas para identificar e advertir contra riscos. A indicação dos riscos por meio de cores não dispensa o emprego de outras formas de prevenção de acidentes.
GRADE METÁLICA DOBRÁVEL - Isolamento e sinalização de áreas de trabalho, poços de inspeção, entrada de galerias subterrâneas e situações semelhantes. Existem vários tipos e formas: A grade metálica Articulada composto por 6 módulos articulados; a Placa de sinalização de advertência – Tipo Grade. Placa com grade articulável, dobrável e modular, para uso em sinalização de obras e serviços e a Placa de sinalização tipo barreira pantográfica, com faixas refletivo, destinado à sinalização viária e bloqueio de tráfego.
CONE COM SINALIZADOR STROBO - Identificação de serviços, obras, acidentes e atendimentos em ruas e rodovias. Esse sinalizador é muito útil para visualização noturna, já que funciona como um tipo de lâmpada, proporcionando que, mesmo a longas distâncias, possam ser vistos. Vale ressaltar que O cone de segurança pode ser encontrado no mercado com diversas características e elas devem ser analisadas e escolhidas com base na utilização.
BANQUETA E ANDAIME ISOLANTE - Isolar o operador do solo durante operação do equipamento guindauto, em regime de linha energizada. A Banqueta Isolante é um equipamento útil ao eletricista, para o seu isolamento do potencial de terra, amplia a área de trabalho do eletricista e a sua segurança nas intervenções em subestações, cubículos, painéis elétrico.
MANTA ISOLANTE E COBERTURA ISOLANTE - Isolar as partes energizadas da rede durante a execução de tarefas.
continua...
http://www.eletrobrasrondonia.com/Manuais%20e%20Legislacao/DO-OP-01-P-035%20TrabalhosEmAltura.pdf
http://www.brasilescola.com/fisica/campo-eletrico.htm
Manual NR 10 /CPN SP.
Normas Regulamentadoras Atualizadas/2015
terça-feira, 27 de outubro de 2015
POR UM FIO - SEGURANÇA DO TRABALHO NO SETOR ELÉTRICO 1º Parte
Os riscos à segurança e saúde dos trabalhadores no setor de energia elétrica são, via de regra elevados, podendo levar a lesões de grande gravidade e são específicos a cada tipo de atividade. Contudo, o maior risco à segurança e saúde dos trabalhadores é o de origem elétrica.
A eletricidade constitui-se um agente de alto potencial de risco ao homem. Mesmo em baixas tensões ela representa perigo à integridade física e saúde do trabalhador.
Sua ação mais nociva é a ocorrência do choque elétrico com consequências diretas e indiretas (quedas, batidas, queimaduras indiretas e outras). Também apresenta risco devido à possibilidade de ocorrências de curtos-circuitos ou mau funcionamento do sistema elétrico originando grandes incêndios e explosões.
É importante lembrar que o fato da linha estar seccionada não elimina o risco elétrico, tampouco pode-se prescindir das medidas de controle coletivas e individuais necessárias, já que a energização acidental pode ocorrer devido a erros de manobra, contato acidental com outros circuitos energizados, tensões induzidas por linhas adjacentes ou que cruzam a rede, descargas atmosféricas mesmo que distantes dos locais de trabalho, fontes de alimentação de terceiros.
RISCO
Capacidade de uma grandeza com potencial para causar lesões ou danos à saúde e a segurança das pessoas.
● Riscos de Origem Elétrica
● Riscos de Queda
● Riscos no Transporte e com Equipamentos
● Riscos de Ataques de Insetos
● Riscos de Ataque de Animais Peçonhentos/domésticos
● Riscos Ocupacionais
● Riscos Ergonômicos
RISCOS DE ORIGEM ELÉTRICA
CHOQUE ELÉTRICO
O choque elétrico é um estímulo rápido no corpo humano, ocasionado pela passagem da corrente elétrica. Essa corrente circulará pelo corpo onde ele tornar-se parte do circuito elétrico, onde há uma diferença de potencial suficiente para vencer a resistência elétrica oferecida pelo corpo.
CAMPO ELÉTRICO
Campo elétrico é a região ao redor de uma carga (positiva ou negativa), na qual, ao se colocar um corpo eletrizado, este fica sujeito a uma força elétrica
CAMPO ELETROMAGNÉTICO
É uma região sobre a qual é exercida uma força produzida por uma corrente elétrica
RISCO DE QUEDA
As quedas constituem uma das principais causas de acidentes no setor elétrico, ocorrem em consequência de choques elétricos, de utilização inadequada de equipamentos de elevação (escadas, cestas, plataformas), falta ou uso inadequado de EPI, falta de treinamento dos trabalhadores, falta de delimitação e de sinalização do canteiro do serviço e ataque de insetos.
RISCOS NO TRANSPORTE E COM EQUIPAMENTOS
Neste item abordaremos riscos de acidentes envolvendo transporte de trabalhadores e o deslocamento com veículos de serviço, bem como a utilização de equipamentos.
● Veículos a caminho dos locais de trabalho em campo
É comum o deslocamento diário dos trabalhadores até os efetivos pontos de prestação de serviços. Esses deslocamentos expõem os trabalhadores aos riscos característicos das vias de transporte.
● Veículos e equipamentos para elevação de cargas e cestas aéreas.
Nos serviços de construção e manutenção em linhas e redes elétricas nos quais são utilizados cestas aéreas e plataformas, além de elevação de cargas (equipamentos, postes) é necessária a aproximação dos veículos junto às estruturas (postes, torres) e do guindauto (Grua) junto das linhas ou cabos. Nestas operações podem acontecer acidentes graves, exigindo cuidados especiais que vão desde a manutenção preventiva e corretiva do equipamento, o correto posicionamento do veículo, adequado travamento e fixação, até a operação precisa do equipamento.
RISCOS DE ATAQUES DE INSETOS
Na execução de serviços em torres, postes, subestações, leitura de medidores, serviços de poda de árvores e outros pode ocorrer ataques de insetos, tais como abelhas e formigas.
RISCOS DE ATAQUES DE ANIMAIS PEÇONHENTOS/DOMÉSTICOS
Ocorre sobretudo nas atividades externas de construção, supervisão e manutenção em redes elétricas.
O empregado deve atentar à possibilidade de picadas de animais peçonhentos como por exemplo, cobras venenosas, aranhas, escorpiões e mordidas de cães.
RISCOS ERGONÔMICOS
Os riscos ergonômicos são significativos nas atividades do setor elétrico relacionados aos fatores:
Biomecânicos: posturas inadequadas de trabalho provocadas pela exigência de ângulos e posições inadequadas dos membros superiores e inferiores para realização das tarefas, principalmente em altura, sobre postes e apoios inadequados, levando a intensas solicitações musculares, levantamento e transporte de carga, etc.
Organizacionais: pressão psicológica para atendimento a emergências ou a situações com períodos de tempo rigidamente estabelecidos, realização rotineira de horas extras, trabalho por produção, pressões da população com falta do fornecimento de energia elétrica.
Psicossociais: elevada exigência cognitiva necessária ao exercício das atividades associada à constante convivência com o risco de vida devido à presença do risco elétrico e também do risco de queda (neste caso sobretudo para atividades em linhas de transmissão, executadas em grandes alturas).
Ambientais: conforme teoria, risco ambiental compreende os físicos, químicos e biológicos; esta terminologia fica inadequada, deve-se separar os riscos provenientes de causas naturais (raios, chuva, terremotos, ciclones, ventanias, inundações,
etc.).
RISCOS OCUPACIONAIS
Consideram-se riscos ocupacionais, os agentes existentes nos ambientes de trabalho, capazes de causar danos à saúde do empregado.
Ruído
Presente em vários locais tais como, usinas de geração de energia elétrica, devido ao movimento de turbinas e geradores, subestações, redes de distribuição, necessitando de laudo técnico específico para sua caracterização.
Radiação solar
Os trabalhos em instalações elétricas ou serviços com eletricidade quando realizados em áreas abertas podem também expor os trabalhadores à radiação solar. Como consequências podem ocorrer queimaduras, lesões nos olhos e até câncer de pele, provocadas pela radiação solar.
Calor
Presente nas atividades desempenhadas em espaços confinados, como por exemplo: subestações, câmaras subterrâneas, usinas (devido deficiência de circulação de ar e temperaturas elevadas).
continua...
Fonte de pesquisa:
http://www.eletrobrasrondonia.com/Manuais%20e%20Legislacao/DO-OP-01-P-035%20TrabalhosEmAltura.pdf
http://www.brasilescola.com/fisica/campo-eletrico.htm
Manual NR 10 /CPN SP.
Normas Regulamentadoras Atualizadas/2015.
A eletricidade constitui-se um agente de alto potencial de risco ao homem. Mesmo em baixas tensões ela representa perigo à integridade física e saúde do trabalhador.
Sua ação mais nociva é a ocorrência do choque elétrico com consequências diretas e indiretas (quedas, batidas, queimaduras indiretas e outras). Também apresenta risco devido à possibilidade de ocorrências de curtos-circuitos ou mau funcionamento do sistema elétrico originando grandes incêndios e explosões.
É importante lembrar que o fato da linha estar seccionada não elimina o risco elétrico, tampouco pode-se prescindir das medidas de controle coletivas e individuais necessárias, já que a energização acidental pode ocorrer devido a erros de manobra, contato acidental com outros circuitos energizados, tensões induzidas por linhas adjacentes ou que cruzam a rede, descargas atmosféricas mesmo que distantes dos locais de trabalho, fontes de alimentação de terceiros.
RISCO
Capacidade de uma grandeza com potencial para causar lesões ou danos à saúde e a segurança das pessoas.
● Riscos de Origem Elétrica
● Riscos de Queda
● Riscos no Transporte e com Equipamentos
● Riscos de Ataques de Insetos
● Riscos de Ataque de Animais Peçonhentos/domésticos
● Riscos Ocupacionais
● Riscos Ergonômicos
RISCOS DE ORIGEM ELÉTRICA
CHOQUE ELÉTRICO
O choque elétrico é um estímulo rápido no corpo humano, ocasionado pela passagem da corrente elétrica. Essa corrente circulará pelo corpo onde ele tornar-se parte do circuito elétrico, onde há uma diferença de potencial suficiente para vencer a resistência elétrica oferecida pelo corpo.
CAMPO ELÉTRICO
Campo elétrico é a região ao redor de uma carga (positiva ou negativa), na qual, ao se colocar um corpo eletrizado, este fica sujeito a uma força elétrica
CAMPO ELETROMAGNÉTICO
É uma região sobre a qual é exercida uma força produzida por uma corrente elétrica
RISCO DE QUEDA
As quedas constituem uma das principais causas de acidentes no setor elétrico, ocorrem em consequência de choques elétricos, de utilização inadequada de equipamentos de elevação (escadas, cestas, plataformas), falta ou uso inadequado de EPI, falta de treinamento dos trabalhadores, falta de delimitação e de sinalização do canteiro do serviço e ataque de insetos.
RISCOS NO TRANSPORTE E COM EQUIPAMENTOS
Neste item abordaremos riscos de acidentes envolvendo transporte de trabalhadores e o deslocamento com veículos de serviço, bem como a utilização de equipamentos.
● Veículos a caminho dos locais de trabalho em campo
É comum o deslocamento diário dos trabalhadores até os efetivos pontos de prestação de serviços. Esses deslocamentos expõem os trabalhadores aos riscos característicos das vias de transporte.
● Veículos e equipamentos para elevação de cargas e cestas aéreas.
Nos serviços de construção e manutenção em linhas e redes elétricas nos quais são utilizados cestas aéreas e plataformas, além de elevação de cargas (equipamentos, postes) é necessária a aproximação dos veículos junto às estruturas (postes, torres) e do guindauto (Grua) junto das linhas ou cabos. Nestas operações podem acontecer acidentes graves, exigindo cuidados especiais que vão desde a manutenção preventiva e corretiva do equipamento, o correto posicionamento do veículo, adequado travamento e fixação, até a operação precisa do equipamento.
RISCOS DE ATAQUES DE INSETOS
Na execução de serviços em torres, postes, subestações, leitura de medidores, serviços de poda de árvores e outros pode ocorrer ataques de insetos, tais como abelhas e formigas.
RISCOS DE ATAQUES DE ANIMAIS PEÇONHENTOS/DOMÉSTICOS
Ocorre sobretudo nas atividades externas de construção, supervisão e manutenção em redes elétricas.
O empregado deve atentar à possibilidade de picadas de animais peçonhentos como por exemplo, cobras venenosas, aranhas, escorpiões e mordidas de cães.
RISCOS ERGONÔMICOS
Os riscos ergonômicos são significativos nas atividades do setor elétrico relacionados aos fatores:
Biomecânicos: posturas inadequadas de trabalho provocadas pela exigência de ângulos e posições inadequadas dos membros superiores e inferiores para realização das tarefas, principalmente em altura, sobre postes e apoios inadequados, levando a intensas solicitações musculares, levantamento e transporte de carga, etc.
Organizacionais: pressão psicológica para atendimento a emergências ou a situações com períodos de tempo rigidamente estabelecidos, realização rotineira de horas extras, trabalho por produção, pressões da população com falta do fornecimento de energia elétrica.
Psicossociais: elevada exigência cognitiva necessária ao exercício das atividades associada à constante convivência com o risco de vida devido à presença do risco elétrico e também do risco de queda (neste caso sobretudo para atividades em linhas de transmissão, executadas em grandes alturas).
Ambientais: conforme teoria, risco ambiental compreende os físicos, químicos e biológicos; esta terminologia fica inadequada, deve-se separar os riscos provenientes de causas naturais (raios, chuva, terremotos, ciclones, ventanias, inundações,
etc.).
RISCOS OCUPACIONAIS
Consideram-se riscos ocupacionais, os agentes existentes nos ambientes de trabalho, capazes de causar danos à saúde do empregado.
Ruído
Presente em vários locais tais como, usinas de geração de energia elétrica, devido ao movimento de turbinas e geradores, subestações, redes de distribuição, necessitando de laudo técnico específico para sua caracterização.
Radiação solar
Os trabalhos em instalações elétricas ou serviços com eletricidade quando realizados em áreas abertas podem também expor os trabalhadores à radiação solar. Como consequências podem ocorrer queimaduras, lesões nos olhos e até câncer de pele, provocadas pela radiação solar.
Calor
Presente nas atividades desempenhadas em espaços confinados, como por exemplo: subestações, câmaras subterrâneas, usinas (devido deficiência de circulação de ar e temperaturas elevadas).
continua...
Fonte de pesquisa:
http://www.eletrobrasrondonia.com/Manuais%20e%20Legislacao/DO-OP-01-P-035%20TrabalhosEmAltura.pdf
http://www.brasilescola.com/fisica/campo-eletrico.htm
Manual NR 10 /CPN SP.
Normas Regulamentadoras Atualizadas/2015.
domingo, 4 de outubro de 2015
HISTÓRIA, EVOLUÇÃO E SEGURANÇA DO SETOR ELÉTRICO
Hoje é impossível falar em crescimento econômico, sem falar em energia, dentre elas a eletricidade, que desde sua descoberta vem exigindo cada vez mais investimentos em segurança no emprego de seus trabalhadores. No início da atividade elétrica até os dias atuais, houve grande evolução na segurança para os trabalhadores, entretanto, temos grandes taxas de acidentes envolvendo os empregados eletricistas.
Atualmente existem regras e normas de segurança no mundo e no Brasil, dentre elas destacamos a CLT (consolidação das leis trabalhistas) e a NR-10 (norma regulamentadora) dentre outras normas da ABNT (associação brasileira de normas técnicas).
A eletricidade, que é considerado o combustível vital da era moderna, tem como característica principal e temida a de sempre procurar o caminho do chão (terra), fazendo dela uma energia tão especial quanto letal. Os eletricistas de maneira geral não costumam ter uma segunda chance diante de erros, desta forma, o avanço da tecnologia, a criação e a modernização de ferramentas, treinamentos exaustivos e a contínua observância da norma de Segurança são peças fundamentais na prevenção de acidentes e, mortes no ambiente de trabalho.
Nos primeiros anos do século XX a demanda por eletricidade explodiu, e a indústria apoiando-se nela criou novos aparelhos elétricos, que surgiam diariamente.
O sindicato, irmandade internacional de eletricistas, lançavam programas de aprendizado. A habilidade básica que todos deviam dominar era subir em um poste de madeira, e cada eletricista decidia o quanto deveria arriscar em suas atividades. A ferramenta que se utilizava para escalada ao poste era uma perneira amarrada às pernas, e suas pontas penetravam na madeira dando o apoio, se fosse usada corretamente não se escorregava, havia também um cinto equipado com uma correia que se passava pelo poste e prendia nas extremidades.Utilizava-se de um martelo para verificar o estado do poste antes da subida no mesmo. Pois era preciso deixar as duas mãos livres e confiar no cinto de segurança.
Em 1914 temos o primeiro registro do uso de uma vara chamada hotstick (vara quente), que possuía várias ferramentas presas e intercambiáveis na sua ponta, era feita de madeira e muito pesada. Com ela havia a possibilidade de fazer vários serviços sem precisar pôr as mãos nos condutores.
Era muito arriscado, pois os trabalhadores faziam suas próprias ferramentas, como anéis de cobre, entre outras, por não haver confiabilidade e testes destas ferramentas, muito morriam com a falha ou quebra das mesmas.
A maior inimiga da utilização do hotstick era a umidade, a madeira absorvia a umidade e se tornava um risco para o trabalhador, era preciso então mantê-la seca sempre, pois a corrente ao circular por sua superfície úmida provocava acidentes graves e fatais.
Nos anos 50, os hotsticks de madeira foram substituídos por hotsticks de tubos de vidro, mais leve e de material isolante, até hoje ele é bastante utilizado como um auxiliar na manutenção em linhas.
As luvas de borrachas foram introduzidas somente em 1915. Sua espessura da borracha dificultava a articulação dos dedos causando problemas nas articulações. Em 1933 a fábrica White Rubber recebeu os desenhos de luvas específicas para este trabalho, que possuíam curvas tais como as mãos, eram mais confortáveis para usar e trabalhar, outra luva de couro recobria a luva de borracha para evitar cortes, hoje à utilização de luvas é vital no manejo de cabos com até 35.000 v e está bem difundido seu uso em classes de tensões.
Após a segunda guerra mundial a indústria de energia iniciou uma campanha de segurança, uma pesquisa revelou que o contato involuntário da cabeça do técnico com o cabo era causa de 8% dos casos fatais, na época se usava um chapéu, e alguns eram feitos de couro em vez de feltro, que em contato com o cabo, protegiam de choques, pois bloqueava o contato direto. Somente nos anos 50 o capacete substituiu o chapéu, e de forma obrigatória, nesta época ele era conhecido como o “balde de miolo”, nome dado devido o material ser muito duro e sua aparência com o conhecido balde.
No final da década de 50 surgiu uma ferramenta tão eficiente quanto revolucionária, o caminhão elevador, com ele o trabalho ganhou eficiência, e o técnico pôde trabalhar e desempenhar seu trabalho com mais segurança, esta ferramenta também possibilitou o aumento da produção e da segurança, pois os caminhões elevavam as caçambas com os técnicos a uma distância segura que possibilitava boa visão e manutenção das linhas e estruturas com tempo mais reduzido, e com menores índices de acidentes.
Os novos caminhões levaram a uma técnica espantosa que permitia o trabalho nas linhas vivas sem a utilização de luvas, utilizando-se roupas isoladoras e colocando o caminhão e o técnico isolados no mesmo potencial da linha.
Trabalhar em linhas vivas de 500.000 v de tensão cria um efeito desconfortável devido à energia de indução, o que impede inclusive que pássaros possam pousar nestes mesmos cabos de energia (500KV), a fim de evitar este desconforto criou-se uma fina roupa de trama de aço. A roupa obriga a indução a envolver os homens em vez de passar através deles, assim qualquer tarefa direta nestas linhas podia ser realizada, como trocar os separadores de linhas.No final dos anos 50 utilizava-se de helicópteros para a instalação de torres de transmissão em áreas remotas e selvagens, mais tarde nos anos 80, helicópteros e técnicos sem luvas se uniram para serviços de manutenção em linhas vivas de 500KV, para isso homens e helicópteros são energizados para equalizar a voltagem e trabalharem com segurança em relação à eletricidade, pois não há criação de um atalho para a terra nestas condições. O trabalho com helicópteros permite uma produção ainda maior que o sistema tradicional em cabos de alta tensão, por exemplo, homens com caminhões elevadores e hotsticks substituem oito separadores por dia, no mesmo espaço de tempo uma boa equipe com helicópteros e técnicos substitui até duzentos destes.
Em todas as áreas da eletricidade, foi verificada a implantação de inúmeros EPI’S e EPC’s, como uniformes antichama, capacetes com proteção, sistemas de aterramentos para manutenção e equipamentos de ancoragem e resgate, que surgiram e evoluíram consideravelmente. Além das próprias ferramentas que foram fabricadas com materiais isolantes, e com a evolução da ciência, novos materiais com maiores poderes de isolação elétrica foram descobertos, e empregados nas ferramentas, aumentando a segurança para seus usuários, outra ferramenta muito importante inventada para trabalho em reparos de linhas desligadas, foi o detector de tensão, que traz segurança para o eletricista em relação ao estado da linha, hoje o detector figura como ferramenta essencial para a manutenção de linhas de distribuição e transmissão, quando a exigência é que seja realizada manutenção com a linha desligada.
A evolução tecnológica vem contribuindo com os profissionais durante os anos, os aperfeiçoamentos constantes das ferramentas e da legislação sobre segurança no trabalho, também contribuíram para que a triste estatística de um óbito para cada dois trabalhadores em eletricidade fosse mudada, mais não se pode perder a concentração e baixar a guarda em relação a esta força letal chamada eletricidade, inúmeros acidentes estudados durante os treinamentos de novas equipes de trabalhos, apontam para a não observação dos passos de segurança e a falta de utilização dos EPIs e EPC’s obrigatórios como causa dos acidentes.
É preciso então valorizar a importante iniciativa dos primeiros trabalhadores em criar o primeiro sindicato (irmandade internacional dos eletricistas) que deram os passos iniciais para que hoje os eletricistas de forma geral possam desempenhar suas funções com mais segurança.
Lembramos que todo trabalho no qual a eletricidade está presente, as normas de segurança são rígidas e vem sendo atualizadas, leis foram criadas e proporcionaram mudanças, tais como o treinamento obrigatório para os eletricistas, revisão bienal dos treinamentos em segurança (NR-10). Mesmo assim existe a dependência do avanço cientifico para que novas ferramentas e equipamentos sejam inventados e disponibilizados, pois atualmente o número de acidentes envolvendo trabalhadores em eletricidade é considerado alto, e existe campo para diminuir estas estatísticas.
Jefferson Fernandes Pereira de Sales
Adaptado do original, “Trabalho de origem e evolução da segurança na atividade de eletricista” de HUMBERTO RODRIGUES MACEDO.
NOTA: A manutenção nas linhas com helicópteros é muito cara e exige treinamento de dois anos para alcançar o domínio desta técnica. O serviço é seguro sobre condições indicadas, contudo não existem ainda regras caso o técnico perca a concentração.
Atualmente existem regras e normas de segurança no mundo e no Brasil, dentre elas destacamos a CLT (consolidação das leis trabalhistas) e a NR-10 (norma regulamentadora) dentre outras normas da ABNT (associação brasileira de normas técnicas).
A eletricidade, que é considerado o combustível vital da era moderna, tem como característica principal e temida a de sempre procurar o caminho do chão (terra), fazendo dela uma energia tão especial quanto letal. Os eletricistas de maneira geral não costumam ter uma segunda chance diante de erros, desta forma, o avanço da tecnologia, a criação e a modernização de ferramentas, treinamentos exaustivos e a contínua observância da norma de Segurança são peças fundamentais na prevenção de acidentes e, mortes no ambiente de trabalho.
Nos primeiros anos do século XX a demanda por eletricidade explodiu, e a indústria apoiando-se nela criou novos aparelhos elétricos, que surgiam diariamente.
O sindicato, irmandade internacional de eletricistas, lançavam programas de aprendizado. A habilidade básica que todos deviam dominar era subir em um poste de madeira, e cada eletricista decidia o quanto deveria arriscar em suas atividades. A ferramenta que se utilizava para escalada ao poste era uma perneira amarrada às pernas, e suas pontas penetravam na madeira dando o apoio, se fosse usada corretamente não se escorregava, havia também um cinto equipado com uma correia que se passava pelo poste e prendia nas extremidades.Utilizava-se de um martelo para verificar o estado do poste antes da subida no mesmo. Pois era preciso deixar as duas mãos livres e confiar no cinto de segurança.
Em 1914 temos o primeiro registro do uso de uma vara chamada hotstick (vara quente), que possuía várias ferramentas presas e intercambiáveis na sua ponta, era feita de madeira e muito pesada. Com ela havia a possibilidade de fazer vários serviços sem precisar pôr as mãos nos condutores.
Era muito arriscado, pois os trabalhadores faziam suas próprias ferramentas, como anéis de cobre, entre outras, por não haver confiabilidade e testes destas ferramentas, muito morriam com a falha ou quebra das mesmas.
A maior inimiga da utilização do hotstick era a umidade, a madeira absorvia a umidade e se tornava um risco para o trabalhador, era preciso então mantê-la seca sempre, pois a corrente ao circular por sua superfície úmida provocava acidentes graves e fatais.
Nos anos 50, os hotsticks de madeira foram substituídos por hotsticks de tubos de vidro, mais leve e de material isolante, até hoje ele é bastante utilizado como um auxiliar na manutenção em linhas.
As luvas de borrachas foram introduzidas somente em 1915. Sua espessura da borracha dificultava a articulação dos dedos causando problemas nas articulações. Em 1933 a fábrica White Rubber recebeu os desenhos de luvas específicas para este trabalho, que possuíam curvas tais como as mãos, eram mais confortáveis para usar e trabalhar, outra luva de couro recobria a luva de borracha para evitar cortes, hoje à utilização de luvas é vital no manejo de cabos com até 35.000 v e está bem difundido seu uso em classes de tensões.
Após a segunda guerra mundial a indústria de energia iniciou uma campanha de segurança, uma pesquisa revelou que o contato involuntário da cabeça do técnico com o cabo era causa de 8% dos casos fatais, na época se usava um chapéu, e alguns eram feitos de couro em vez de feltro, que em contato com o cabo, protegiam de choques, pois bloqueava o contato direto. Somente nos anos 50 o capacete substituiu o chapéu, e de forma obrigatória, nesta época ele era conhecido como o “balde de miolo”, nome dado devido o material ser muito duro e sua aparência com o conhecido balde.
No final da década de 50 surgiu uma ferramenta tão eficiente quanto revolucionária, o caminhão elevador, com ele o trabalho ganhou eficiência, e o técnico pôde trabalhar e desempenhar seu trabalho com mais segurança, esta ferramenta também possibilitou o aumento da produção e da segurança, pois os caminhões elevavam as caçambas com os técnicos a uma distância segura que possibilitava boa visão e manutenção das linhas e estruturas com tempo mais reduzido, e com menores índices de acidentes.
Os novos caminhões levaram a uma técnica espantosa que permitia o trabalho nas linhas vivas sem a utilização de luvas, utilizando-se roupas isoladoras e colocando o caminhão e o técnico isolados no mesmo potencial da linha.
Trabalhar em linhas vivas de 500.000 v de tensão cria um efeito desconfortável devido à energia de indução, o que impede inclusive que pássaros possam pousar nestes mesmos cabos de energia (500KV), a fim de evitar este desconforto criou-se uma fina roupa de trama de aço. A roupa obriga a indução a envolver os homens em vez de passar através deles, assim qualquer tarefa direta nestas linhas podia ser realizada, como trocar os separadores de linhas.No final dos anos 50 utilizava-se de helicópteros para a instalação de torres de transmissão em áreas remotas e selvagens, mais tarde nos anos 80, helicópteros e técnicos sem luvas se uniram para serviços de manutenção em linhas vivas de 500KV, para isso homens e helicópteros são energizados para equalizar a voltagem e trabalharem com segurança em relação à eletricidade, pois não há criação de um atalho para a terra nestas condições. O trabalho com helicópteros permite uma produção ainda maior que o sistema tradicional em cabos de alta tensão, por exemplo, homens com caminhões elevadores e hotsticks substituem oito separadores por dia, no mesmo espaço de tempo uma boa equipe com helicópteros e técnicos substitui até duzentos destes.
Em todas as áreas da eletricidade, foi verificada a implantação de inúmeros EPI’S e EPC’s, como uniformes antichama, capacetes com proteção, sistemas de aterramentos para manutenção e equipamentos de ancoragem e resgate, que surgiram e evoluíram consideravelmente. Além das próprias ferramentas que foram fabricadas com materiais isolantes, e com a evolução da ciência, novos materiais com maiores poderes de isolação elétrica foram descobertos, e empregados nas ferramentas, aumentando a segurança para seus usuários, outra ferramenta muito importante inventada para trabalho em reparos de linhas desligadas, foi o detector de tensão, que traz segurança para o eletricista em relação ao estado da linha, hoje o detector figura como ferramenta essencial para a manutenção de linhas de distribuição e transmissão, quando a exigência é que seja realizada manutenção com a linha desligada.
A evolução tecnológica vem contribuindo com os profissionais durante os anos, os aperfeiçoamentos constantes das ferramentas e da legislação sobre segurança no trabalho, também contribuíram para que a triste estatística de um óbito para cada dois trabalhadores em eletricidade fosse mudada, mais não se pode perder a concentração e baixar a guarda em relação a esta força letal chamada eletricidade, inúmeros acidentes estudados durante os treinamentos de novas equipes de trabalhos, apontam para a não observação dos passos de segurança e a falta de utilização dos EPIs e EPC’s obrigatórios como causa dos acidentes.
É preciso então valorizar a importante iniciativa dos primeiros trabalhadores em criar o primeiro sindicato (irmandade internacional dos eletricistas) que deram os passos iniciais para que hoje os eletricistas de forma geral possam desempenhar suas funções com mais segurança.
Lembramos que todo trabalho no qual a eletricidade está presente, as normas de segurança são rígidas e vem sendo atualizadas, leis foram criadas e proporcionaram mudanças, tais como o treinamento obrigatório para os eletricistas, revisão bienal dos treinamentos em segurança (NR-10). Mesmo assim existe a dependência do avanço cientifico para que novas ferramentas e equipamentos sejam inventados e disponibilizados, pois atualmente o número de acidentes envolvendo trabalhadores em eletricidade é considerado alto, e existe campo para diminuir estas estatísticas.
Jefferson Fernandes Pereira de Sales
Adaptado do original, “Trabalho de origem e evolução da segurança na atividade de eletricista” de HUMBERTO RODRIGUES MACEDO.
NOTA: A manutenção nas linhas com helicópteros é muito cara e exige treinamento de dois anos para alcançar o domínio desta técnica. O serviço é seguro sobre condições indicadas, contudo não existem ainda regras caso o técnico perca a concentração.
segunda-feira, 27 de julho de 2015
A IMPORTÂNCIA DE PROJETOS DE ALFABETIZAÇÃO EM CANTEIROS DE OBRAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL
A importância de projetos de alfabetização de jovens e adultos nos canteiros de obras na construção civil reflete mudanças significativas nas formas de gestão de antigas e novas empresas em nosso país.
Há atualmente, um profundo interesse por parte do empresariado local e nacional em gerar lucros e crescimentos aliados ao desenvolvimento humano e social. Nessa perspectiva proporcionar a classe operária da construção civil tempos e espaços nos quais possam ter acesso à “palavra” a “leitura”, e realmente “humanizar”, “conscientizar”, libertar essa classe de um nível intelectual e social primário para um nível mais elevado.
Compartilho com o educador Paulo Freire a idéia de que a “palavra” é onde o homem se torna homem. Ele se humaniza quando pronuncia o seu mundo,a palavra é ação e não “blá-blá, blá”, é também reflexão e não ativismo.
Acredito que somente através de experiências inovadoras de projetos de alfabetização de jovens e adultos, poderemos contribuir para uma evolução intelectual e humana dos operários da construção civil. Classe que por muito tempo foi desvalorizada do ponto de vista profissional e humano.
Portanto acredito e proponho que projetos de alfabetização em canteiros de obras seja realmente um ato de “ver” e “ler” a realidade. Não deve ser apenas um ato de mera “codificação” e “ decodificação” da língua. Deve representar um ato de permanente diálogo consigo, com os outros e com a realidade social.
A educação, seja ela qual for , é um ato político. Portanto, a aprendizagem da “leitura e a alfabetização” são atos políticos.
Dessa forma elevar a consciência ético-ambiental-social dos trabalhadores proporcionando valorização da vida e evitando acidentes no trabalho
Por Olivia Bittencourt, Pedagoga e TST.
Extraido originalmente do blog http://transcipanet.blogspot.com.br
Há atualmente, um profundo interesse por parte do empresariado local e nacional em gerar lucros e crescimentos aliados ao desenvolvimento humano e social. Nessa perspectiva proporcionar a classe operária da construção civil tempos e espaços nos quais possam ter acesso à “palavra” a “leitura”, e realmente “humanizar”, “conscientizar”, libertar essa classe de um nível intelectual e social primário para um nível mais elevado.
Compartilho com o educador Paulo Freire a idéia de que a “palavra” é onde o homem se torna homem. Ele se humaniza quando pronuncia o seu mundo,a palavra é ação e não “blá-blá, blá”, é também reflexão e não ativismo.
Acredito que somente através de experiências inovadoras de projetos de alfabetização de jovens e adultos, poderemos contribuir para uma evolução intelectual e humana dos operários da construção civil. Classe que por muito tempo foi desvalorizada do ponto de vista profissional e humano.
Portanto acredito e proponho que projetos de alfabetização em canteiros de obras seja realmente um ato de “ver” e “ler” a realidade. Não deve ser apenas um ato de mera “codificação” e “ decodificação” da língua. Deve representar um ato de permanente diálogo consigo, com os outros e com a realidade social.
A educação, seja ela qual for , é um ato político. Portanto, a aprendizagem da “leitura e a alfabetização” são atos políticos.
Dessa forma elevar a consciência ético-ambiental-social dos trabalhadores proporcionando valorização da vida e evitando acidentes no trabalho
Por Olivia Bittencourt, Pedagoga e TST.
Extraido originalmente do blog http://transcipanet.blogspot.com.br
domingo, 24 de maio de 2015
VOCÊ ESTÁ COMPROMETIDO OU ENVOLVIDO COM SUA PROFISSÃO ?
Essas duas palavras parecem tão sinônimas, mas seus significados são totalmente diferentes. O que é estar envolvido? E o que é estar comprometido? Vamos entender um pouco melhor.
Comprometimento, segundo dicionário Aurélio, é fazer assumir compromisso. Estar comprometido é fazer não apenas a sua parte, mas contribuir para que toda a equipe tenha um resultado positivo. É ser participativo. Ir além das expectativas do seu chefe. Um profissional que é comprometido e altamente engajado no que se propõe a fazer é sente-se motivado para que possa “mergulhar” no trabalho, se entregando de corpo e alma, e assim, apresenta resultados mais do que esperados.
Já o profissional envolvido possui, acima de tudo, uma preocupação com o seu nome e com sua reputação, dando assim, uma atenção toda especial no que tange à sua carreira profissional; por conseguinte, realiza suas atribuições com muita responsabilidade e participa de modo ativo no que se propõe a fazer, uma vez que tem um nome a zelar. Se pararmos para pensar, veremos que as pessoas envolvidas dançam conforme a música, ou seja, seguem à risca aquilo que lhes é conferido, uma vez que a responsabilidade pelo feito é sempre do outro e nunca delas.
Um profissional comprometido atua como intra-empreendedor, isto é, cuida da empresa como se fosse sua, é um profissional proativo, “antenado”, atuando sempre de forma a interferir e a realizar mudanças em prol da melhoria contínua, contribuindo então, para com o desenvolvimento e crescimento da empresa.
Talvez possamos dizer que ser envolvido é fazer o que as pessoas mandam e ser comprometido é fazer o de que as pessoas precisam. Devemos ter em mente que o nosso sucesso e o sucesso da organização dependem da forma como se constroem valores. Portanto, o sucesso ou o fracasso são responsabilidades de ambos.
Porém, como quem faz a empresa são as pessoas, acabamos sendo analisados e avaliados constantemente por nossos parceiros e colegas e, nesse caso, podemos dizer ainda que envolvimento e comprometimento estão ligados às ações de compreensão ou de julgamento que as pessoas fazem de si mesmas e uns com os outros baseados em fatos e ações, e dependendo do comportamento adotado, poderá reproduzir o sucesso ou o fracasso de nós mesmos.
Pare e questione: sou comprometido ou envolvido com minha empresa? Lembre-se de que comportamento não é aquilo que você faz, mas aquilo que as pessoas observam daquilo que você faz, portanto, o que as pessoas estão observando de você. Será que você está empenhando o que você realmente pode? Ou será que você ainda não empenhou o seu TUDO?
Uma vez vendo um filme “O Diabo veste Prada”, comecei a perceber o comportamento da atriz principal; ela se dizia totalmente comprometida com seu trabalho, pois trabalhava até tarde, se desdobrava para atender sua chefe e seu valor nunca era reconhecido. Muito bem. A partir do momento em que sua diretora chamou-lhe a atenção, ela se tornou uma outra mulher, no modo de se vestir, de atuar, de resolver os problemas. Nada era impossível para ela. Portanto, ela era envolvida com seu trabalho e no final ficou totalmente comprometida com ele.
É exatamente isso que toda empresa espera do seu colaborador: ser comprometido, se doar totalmente, ser analítico, crítico, questionador e acima de tudo, ser um VENCEDOR
Por Eliane Cabral
Comprometimento, segundo dicionário Aurélio, é fazer assumir compromisso. Estar comprometido é fazer não apenas a sua parte, mas contribuir para que toda a equipe tenha um resultado positivo. É ser participativo. Ir além das expectativas do seu chefe. Um profissional que é comprometido e altamente engajado no que se propõe a fazer é sente-se motivado para que possa “mergulhar” no trabalho, se entregando de corpo e alma, e assim, apresenta resultados mais do que esperados.
Já o profissional envolvido possui, acima de tudo, uma preocupação com o seu nome e com sua reputação, dando assim, uma atenção toda especial no que tange à sua carreira profissional; por conseguinte, realiza suas atribuições com muita responsabilidade e participa de modo ativo no que se propõe a fazer, uma vez que tem um nome a zelar. Se pararmos para pensar, veremos que as pessoas envolvidas dançam conforme a música, ou seja, seguem à risca aquilo que lhes é conferido, uma vez que a responsabilidade pelo feito é sempre do outro e nunca delas.
Um profissional comprometido atua como intra-empreendedor, isto é, cuida da empresa como se fosse sua, é um profissional proativo, “antenado”, atuando sempre de forma a interferir e a realizar mudanças em prol da melhoria contínua, contribuindo então, para com o desenvolvimento e crescimento da empresa.
Talvez possamos dizer que ser envolvido é fazer o que as pessoas mandam e ser comprometido é fazer o de que as pessoas precisam. Devemos ter em mente que o nosso sucesso e o sucesso da organização dependem da forma como se constroem valores. Portanto, o sucesso ou o fracasso são responsabilidades de ambos.
Porém, como quem faz a empresa são as pessoas, acabamos sendo analisados e avaliados constantemente por nossos parceiros e colegas e, nesse caso, podemos dizer ainda que envolvimento e comprometimento estão ligados às ações de compreensão ou de julgamento que as pessoas fazem de si mesmas e uns com os outros baseados em fatos e ações, e dependendo do comportamento adotado, poderá reproduzir o sucesso ou o fracasso de nós mesmos.
Pare e questione: sou comprometido ou envolvido com minha empresa? Lembre-se de que comportamento não é aquilo que você faz, mas aquilo que as pessoas observam daquilo que você faz, portanto, o que as pessoas estão observando de você. Será que você está empenhando o que você realmente pode? Ou será que você ainda não empenhou o seu TUDO?
Uma vez vendo um filme “O Diabo veste Prada”, comecei a perceber o comportamento da atriz principal; ela se dizia totalmente comprometida com seu trabalho, pois trabalhava até tarde, se desdobrava para atender sua chefe e seu valor nunca era reconhecido. Muito bem. A partir do momento em que sua diretora chamou-lhe a atenção, ela se tornou uma outra mulher, no modo de se vestir, de atuar, de resolver os problemas. Nada era impossível para ela. Portanto, ela era envolvida com seu trabalho e no final ficou totalmente comprometida com ele.
É exatamente isso que toda empresa espera do seu colaborador: ser comprometido, se doar totalmente, ser analítico, crítico, questionador e acima de tudo, ser um VENCEDOR
Por Eliane Cabral
sábado, 14 de fevereiro de 2015
SEGURANÇA NO CANTEIRO, GASTO DISPENSÁVEL OU UM BEM COMUM?
A construção civil ocupa o terceiro lugar no ranking dos setores da economia brasileira com maior índice de acidentes, ficando atrás somente do setor de serviços e da indústria, no entanto, a grande maioria das empresas trata a segurança do trabalho como um gasto desnecessário.
A desinformação aliada ao conceito ultrapassado por parte dos empregadores que os gastos com segurança não trazem retorno, aumentam não só o registro de acidentes, como também, impossibilita uma melhor produtividade por parte dos profissionais de segurança.
Vale salientar que "tudo que acontece com o funcionário é responsabilidade de quem o contratou" e o desconhecimento ou negligência das normas de segurança não exime os empresários da responsabilidade.
Devo enfatizar também que, os acidentes de trabalho nos canteiros acontecem e muitos infelizmente em obras de pequeno e médio porte, muitas vezes em situações clandestinas, não contabilizando desta forma as estatísticas atuais.
Portanto, o primeiro passo para reduzir o número de acidentes e mortes na Construção é, encarar a situação como emergencial, de forma a conscientizar a todos que segurança do trabalho não é um gasto dispensável e sim um bem comum.
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015
PLATAFORMAS EM CHAMAS REACENDE INCERTEZAS NA EXPLORAÇÃO EM ÁGUAS PROFUNDAS
Os Acidentes ocorridos nas plataformas P-20 Petrobras e navio-plataforma FPSO Cidade de São Mateus no Espirito Santo reacendem a chama da insegurança nas plataformas de petróleo offshore.
A exploração de petróleo em águas profundas não só apresenta riscos ambientais incalculáveis, como também não oferece com os investimentos atuais, segurança para os trabalhadores embarcados. Fala-se muito da viabilidade econômica do pré-sal e os louros que nos colocariam entre os dez maiores produtores de petróleo do mundo, entretanto se esquecem das possíveis e imprevistas falhas geológicas, os riscos de vazamentos e os processos inseguros quanto a reparação e quebra de equipamentos.
O que ocorreu na P-20 é o resultado de inúmeros acidentes de pequenas proporções, controlados e no entanto, não sanados. Tais acidentes poderão vir a repetir-se pela inexistência de uma estrutura básica que possibilite um funcionamento adequado, somados a irresponsabilidade de nossas autoridades que, mais preocupadas com os royalties e as partilhas tratam com desdém a segurança nas plataformas de petróleo offshore
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