sábado, 14 de fevereiro de 2015

SEGURANÇA NO CANTEIRO, GASTO DISPENSÁVEL OU UM BEM COMUM?


A construção civil ocupa o terceiro lugar no ranking dos setores da economia brasileira com maior índice de acidentes, ficando atrás somente do setor de serviços e da indústria, no entanto, a grande maioria das empresas trata a segurança do trabalho como um gasto desnecessário.

A desinformação aliada ao conceito ultrapassado por parte dos empregadores que os gastos com segurança não trazem retorno, aumentam não só o registro de acidentes, como também, impossibilita uma melhor produtividade por parte dos profissionais de segurança.

Vale salientar que "tudo que acontece com o funcionário é responsabilidade de quem o contratou" e o desconhecimento ou negligência das normas de segurança não exime os empresários da responsabilidade.

Devo enfatizar também que, os acidentes de trabalho nos canteiros acontecem e muitos infelizmente em obras de pequeno e médio porte, muitas vezes em situações clandestinas, não contabilizando desta forma as estatísticas atuais.

Portanto, o primeiro passo para reduzir o número de acidentes e mortes na Construção é, encarar a situação como emergencial, de forma a conscientizar a todos que segurança do trabalho não é um gasto dispensável e sim um bem comum.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

PLATAFORMAS EM CHAMAS REACENDE INCERTEZAS NA EXPLORAÇÃO EM ÁGUAS PROFUNDAS



Os Acidentes ocorridos nas plataformas P-20 Petrobras e navio-plataforma FPSO Cidade de São Mateus no Espirito Santo reacendem a chama da insegurança nas plataformas de petróleo offshore.

A exploração de petróleo em águas profundas não só apresenta riscos ambientais incalculáveis, como também não oferece com os investimentos atuais, segurança para os trabalhadores embarcados. Fala-se muito da viabilidade econômica do pré-sal e os louros que nos colocariam entre os dez maiores produtores de petróleo do mundo, entretanto se esquecem das possíveis e imprevistas falhas geológicas, os riscos de vazamentos e os processos inseguros quanto a reparação e quebra de equipamentos.

O que ocorreu na P-20 é o resultado de inúmeros acidentes de pequenas proporções, controlados e no entanto, não sanados. Tais acidentes poderão vir a repetir-se pela inexistência de uma estrutura básica que possibilite um funcionamento adequado, somados a irresponsabilidade de nossas autoridades que, mais preocupadas com os royalties e as partilhas tratam com desdém a segurança nas plataformas de petróleo offshore